E treinar em jejum, pode?
Muitas pessoas acreditam que treinar em jejum facilita a redução do peso corporal. De fato, o indivíduo perde peso, mas isso não quer dizer o mesmo que "emagrecer" que significa: "reduzir sua gordura corporal" e não simplesmente o peso (que é composto por água, músculos, órgãos, vísceras e, por fim, gorduras).
O que acontece no jejum é que, ao restringir fontes de energia pela alimentação, nosso organismo procura outras fontes para manter-se ativo, recorrendo ao estado catabólico denominado cetose e que, segundo os defensores do jejum ou de dietas "low carb" , seria a indesejável gordurinha em excesso. Enfim! Já é de comum acordo entre os profissionais da nutrição e dos esportes, que as gorduras precisa do oxaloacetato proveniente dos metabolismos dos carboidratos para serem utilizadas e, sem eles, o que fornecerá glicose será uma via alternativa que utiliza as proteínas, encontradas no tecido muscular. E é justamente por isso que pessoas que adotam esses hábitos alimentares têm dificuldade de ganhar massa magra.
Vale lembrar que o jejum ou oferta inadequada de nutrientes no pós-treino também é prejudicial, pois além de utilizar proteínas do tecido muscular como energia durante o exercício, não há recuperação adequada de proteínas via oral após o treino. E não pense que o jejum em outros períodos afastados do treino é melhor: o mecanismo é o mesmo e todo esse esforço para buscar outras fontes de energia, faz com que seu corpo se proteja de outras futuras restrições e desacelera seu metabolismo para poupar energia.
Resumindo: Não é a restrição de alimentos em determinado período que fará você emagrecer e sim o déficit calórico no final do dia!
Por: Erika Borges
Nutricionista Esportiva
http://nutricaonoesporte.wordpress.com